terça-feira, 30 de março de 2010

100 BALAS


Série de Quadrinhos lançados pelo selo VERTIGO da DC COMICS.

Tem a frente Brian Azzarello (texto), Eduardo Risso (arte) e Grant Goleash (cores).

A base de todas as histórias é a mesma. Uma pessoa sofreu um grande mal na vida: alguém amado perdido numa tragédia, a vida destruída por uma injustiça... coisas assim.

E um desconhecido responsável pela tragédia.

Então um homem misterioso aparece com uma maleta. Um presente e uma opção.

Dentro da maleta há conhecimento (quem fez, porquê fez, provas irrefutáveis sobre tudo e muita, muita informação para ajudar), uma pistola automática e 100 balas.

Junto com a maleta vem uma promessa: as balas são irrastreáveis, o número de registro da pistola lhe garantirá liberação total quando conferido, o caso não será investigado.

A informação, os meios e imunidade total.

Resta a opção de se vingar ou não.

E se fosse com você?

Se você recebesse a maleta das mãos do Agente Graves, junto com as garantias?

Iria adiante?


Carlos Dente
Quadrinhos e Blá, Blá, Blá 2.0

A LIGA EXTRAORDINÁRIA ( E A LITERATURA )


O que tenho para manifestar não é exatamente minha impressão da história (teria de ler completamente e com mais calma antes disso...), mas sobre algo que li numa introdução do encadernado: “os personagens oriundos da literatura nunca foram transpostos tão fielmente para outra mídia” ou algo assim.

Isso não é verdade.

Mais uma vez, digo que não tiro os méritos da história: divertida, dinâmica e inteligente. Cheia de referências. Não só personagens tão diferentes interagem entre si: os universos desses personagens também coexistem em um único mundo!

Mas, para quem leu as obras literárias d’onde esses personagens foram tirados (As Minas do Rei Salomão, A Cidade de Ouro Perdida, Drácula, O Médico e o Monstro, 20.000 Léguas Submarinas, O Homem Invisível) notam, sim, certas “liberdades poéticas” com os personagens.

Não vou citar detalhes de um por um, mas vou direto ao mais berrante: Mister Hyde.

Ele é um monstro!

Enorme e musculoso como um gorila, tem até presas! E sua brutalidade contrasta com a agilidade incrível!

Para quem leu o livro, isso salta aos olhos, já que na Literatura Hyde é mais baixo, mais gordo e até mais fraco que o Doutor Jeckyl (Hyde só é forte quando tem seus rompantes de loucura). Ademais, tem o andar cambaio e embalado de um marinheiro, parecendo ser um tanto coxo e corcunda, o que lhe faz andar apoiado numa bengala em certas ocasiões.

Basicamente, Hyde é fisicamente o que Jeckyl teria sido se levasse uma vida de preguiça, vícios e depravações.

E daí, na HQ, o cara é o Hulk!



Carlos Dente
Quadrinhos e Blá, Blá, Blá 2.0

BASTARDOS INGLÓRIOS EM QUADRINHOS


Passava eu por uma crise de fé [Faixa 1 - trilha sonora de 'Central do Brasil'] e, sendo um homem bom e justo, pedi por uma luz para renová-la.

Eis que caiu-me em mãos a Playboy deste mês. Capa: Juliana Alves [Faixa 2 - 'The Knight Of The Dublin Castle'].

Após ter minha fé renovada pela visão de tão belo anjo, pus-me a folhear a revista, onde me deparei com figuras coloridas e "balões" legendados.

Tratava-se de uma história em quadrinhos de BASTARDOS INGLÓRIOS, com roteiro do próprio Quentin Tarantino, arte de R. M. Guéra e (interessante) colorização de Giulia Brusco.

As seis páginas até que são legais, sendo narradas (em recordatórios) pelo prisioneiro interrogado do grupo dos Bastardos e com recordatórios da "origem" de Donny Urso Judeu.

Moral da história 1: Tarantino, por reconhecer quadrinhos como forma válida de narrativa (e não apenas vê-las como sub-arte para crianças e storyboards) merece uma chance - vou ver o filme antes de reclamar.

Moral da história 2: donos de banca de revistas não gostam que você leia a Playboy sem comprar, mesmo que já não tenha o "saquinho". Tive de adquirir a minha, o que não foi sacrifício (mas levei um exemplar ensacado, para desvirginar em casa).



Carlos Dente
Quadrinhos e Blá, Blá, Blá 2.0